Depois de uma trajetória de domínio absoluto durante todos os dias de evento defendendo seu título do ano passado no Vans USOpen of Surfing, etapa válida como QS10000, Filipe Toledo caiu na semifinal contra Kanoa Igarashi, mesmo com as maiores pontuações da bateria, por conta de uma penalidade por interferência. Um cenário praticamente idêntico ao que ocorreu no WCT do Rio (e rendeu a suspensão de Filipinho da etapa de Fiji depois de sua reclamação): os dois surfistas no início da bateria, sem prioridade, se colidem e a decisão dos juízes é que Kanoa estava mais bem posicionado no pico (dropando pra esquerda) do que Filipe que dropa pra direita. Neste caso, o surfista mais bem posicionado pro drop (na melhor direção da onda) é o único critério levado em consideração e dá bastante margem pra erros numa onda como a de Huntignton, com uma formação lenta e irregular.
Do outro lado, Tomas Hermes passou por Carlos Muñoz numa bateria apertada mas justa. O catarinense tem uma facilidade incrível de navegar as marolas de Huntington e principalmente de conectar com o inside mantendo sua prancha com projeção. Na final, Kanoa teve a inspiração, a confiança e o apoio da torcida local, fatores que normalmente contribuem para uma pontuação inflada por conta da bancada de julgamento e dessa vez não foi diferente: algumas batidas renderam pro local a maior pontuação de todas as baterias do evento (17.23), enquanto o brasileiro infelizmente não conseguiu pegar as boas.
No feminino, etapa válida pelo WCT, Sage Erickson conseguiu sua primeira vitória no circuito contra a defensora do título do ano passado, Tatiana Weston-Webb, numa final disputada e com direito a virada nos últimos segundos do relógio.
Para mais do que foi a semana intensa de Vans USOpen of Surfing em Huntington Beach, acesse VansUSOpenOfSurfing.com.
