A Sequência desta semana é um aperitivo da próxima matéria que você confere na Layback, exclusivamente dedicada às lajes mais cascudas do Rio. Quem viver, verá!
A temporada de ondas grandes no outono brasileiro foi oficialmente aberta com este swell histórico, que encaixou no Rio de Janeiro exatamente no domingo do Dia das Mães. Naquela ocasião, picos que raramente quebram, como a Laje do Sheraton, na zona sol carioca, deram o ar da sua graça e atraíram os surfistas mais atirados, que se atrasaram para o almoço familiar e botaram pra baixo com suas gunzeiras. Um deles foi Marcelo Trekinho, nascido e criado no Leblon, ao lado da Laje do Sheraton,
“Esse foi o maior mar que já surfei na remada aqui no Brasil. Cai com uma prancha 8’5″, mas dava facilmente pra ter remado com uma maior, pois a correnteza é muito forte quando você entra pela praia do Sheraton. A minha ideia era pegar as ondas que estavam vindo lá do meio do mar, mas é difícil se manter no pico, pois as ondas que batem na pedra e voltam deixam o mar muito balançado. O único cara que eu já vi vindo lá de trás e entubando foi o Fred, de bodyboard. Agora, pro surf, é muito difícil. Nem de tow-in eu acho que rola. Nessa onda eu tomei um vacão bem maneiro… Ficou tudo escuro e silencioso lá em baixo. Minha sorte foi que eu estava de colete e subi de volta bem rápido. O Nelsinho já havia até abandonado o Pinguim (que fotografava de carona no jet) no canal para vir me resgatar, temendo pelo pior”.
– Marcelo Trekinho