O terceiro dia de Quiksilver Pro em Snapper Rocks foi intenso. Desde a clássica entrevista de Bobby Martinez em 2011 (Quiksilver Pro New York) que não vemos um Fuck sendo transmitido ao vivo pela WSL/ASP. Isso por si só, já é motivo suficiente para aumentar sua atenção às engessadas entrevistas pós-bateria que estamos acostumados a ver, mas Gabriel Medina foi além. Depois de perder sua bateria pelo Round 3 para Glenn Hall por conta de uma interferência, ele derrubou três coelhos com uma só tacada: Kieren Perrow, o comitê de julgamento e Glenn Hall. Infelizmente, a tacada pode ter envolvido um quarto coelho…
“Sim, eu ganhei uma interferência na minha bateria. Eu acho que eles mudaram as regras, sabe? Eu queria que vocês me explicassem as regras, porque eu não entendi e acabou de acontecer na minha bateria. O cara estava sentado mais adiante e eu não encostei nele. Eu não vi a filmagem mas eu nem encostei nele. Eu não sei, não entendi as regras. Achava que era uma coisa mas agora estou pensando que não. Na verdade, em primeiro lugar, essa foi uma terrível chamada para o campeonato. Nós esperamos tipo 10 dias e estendemos dois para pegar ondas como essas. Eu acho que o KP [representante da WSL, Kieren Perrow] não fez um bom trabalho, mas espero que ele possa melhorar. Em segundo lugar, a interferência… um dia eu tentarei entender essa nova regra. E em terceiro lugar, na próxima vez que Glenn [Hall] disser Fuck You pra mim eu vou ensiná-lo alguns palavrões em português…” – Gabriel Medina
As duras palavras do campeão mundial ainda podem ter consequências como uma multa da WSL, além da exposição ruim. Apesar de nós da Layback apreciarmos a sinceridade quando ela aparece no discurso dos surfistas em maior notoriedade, vale lembrar que quando Bobby Martinez se livrou de seu filtro em rede mundial, estava traçando um caminho sem volta em sua carreira… e provavelmente não é esta a ideia aqui. Assista a filmagem do momento da interferência e tire suas próprias conclusões: