Depois de 45 dias na Indonésia, Dávio Figueiredo voltou para o Rio esta semana e falou pela primeira vez sobre a repercussão do vídeo Dirty Black Summer, produzido pela Layback pouco antes de sua viagem:
E aí o que você achou do resultado do clipe?
O vídeo saiu um dia antes da minha viagem, fiquei amarradão. Primeira produção com a Layback, mas foi aquilo né, fizemos varias sessões mas muitas delas frustrantes, verão, sem onda… foi o que deu! Mas pelas ondas que tiveram, acho que fomos bem. Ficou irado o resultado e até hoje é o meu favorito.
E a Copa, por aquelas imagens da introdução deu pra ver que você estava amarradão, né?
(Risos) Então, muita gente confundiu as coisas dizendo que eu tava queimando a camisa do Brasil. Eu não tava queimando a camisa do Brasil… tava queimando uma camisa da seleção!
Teve gente que chegou a falar que você tava cometendo o crime de queimar a bandeira nacional!
É, mas pra galera que viu e tentou entender eu acho que consegui passar a mensagem. O Brasil não tem dinheiro pra porra nenhuma, mas quando tem Copa surge dinheiro do nada! Então foi pura indignação, pura revolta porque a saúde do nosso país é toda fudida, transporte público caro, e não estão investindo onde a gente realmente precisa.
Assistiu algum jogo de lá?
Porra nenhuma! (risos) Uma galera até acordava de madrugada pra ver antes do surf. E os caras perguntavam na rua direto “Brazil? Neymar! Neymar!”, eu só falava “No man, I like to surf, fuck football!”.
O áudio desta conversa na íntegra, que fala também sobre a trip indonesiana de Dávio Figueiredo, você escuta na gravação da Sessão Hang Loose de Surf que rolou esta quarta-feira, com direito a Black Flag, Circle Jerks, Adolescents, The Germs e outras trilhas do gênero na Radio Layback.