Na quarta-feira (dia 26), o Reel Big Fish tocou junto ao Golfinger pela primeira vez no Rio de Janeiro. Para os amantes do skacore e do hardcore dos anos 90, foi uma oportunidade de relembrar ainda mais aquela época – já que no mesmo mês tivemos também MxPx no Circo e Bad Religion na Fundição. Está certo que hoje, das duas bandas, quase nenhum membro é da formação original. Mesmo assim, seus respectivos “frontmen” conseguem manter o suficiente da essência do que nos acostumamos a ouvir nos clássicos CDs que os levantaram para o mainstream lá fora.
No caso do Goldfinger, o vocalista John Feldmann e o baterista Darin Pfeiffer são os membros originais – com o líder do Reel Big Fish discretamente assumindo as guitarras para este show no lugar de outro membro original, Charlie Paulson, tão importante para a banda quanto Feldmann. A sonoridade estava lá, apesar de um set um pouco “bagunçado”, com alguns tropeços, e um curto tempo de show. John Feldmann fez o que pode para manter os olhos da platéia nele, com sua famosa presença de palco agitada, se arriscando bastante no português entre uma música e instigando o público a interagir com sua família que assistia ao show de trás do palco. A banda hoje em dia claramente foca mais no lado hardcore de seus trabalhos, deixando alguns clássicos de lado, como o cover “Is She Really Goin’ Out With Him?” e o hit “Feel Like Making Love”.
Porém, o show contou com alguns clássicos “desenterrados”, como: “Rio”, “Here in Your Bedroom”, “I’m Down”, “99 Red Baloons”, o cover “Just Like Heaven”, “Open Your Eyes” – com direito a um stage dive desastroso de Feldmann – e, como não podia deixar de ser, “Superman” no bis, com o naipe de metais do RBF para fechar.
Já com o Reel Big Fish, a história foi diferente. Dentre seis integrantes, apenas Aaron Barrett (vocais/guitarra) e Dan Regan (trombone/backing vocals) fizeram parte da época de ouro da banda. Mas a presença da banda não foi nada menos do que o esperado, até mesmo pelos fãs mais assíduos do RBF.
Aaron vestiu sua tradicional camisa florida e os estravagantes óculos escuros para entrar no palco como o showman que todos estavam ali para ver.
Todos na banda fizeram sua parte também, com um show alto, animado e irreverente, que provou a fidelidade dos caras a um estilo em “extinção”.
“Trendy”, “Another F.U. Song”, “Kiss Me Deadly”, “The Kids Don’t Like It”, “I Want Your Girlfriend To Be My Girlfriend Too”, “She Has A Girlfriend Now” – originalmente gravada com Gwen Steffany, na época do No Doubt, a instrumental “241”, os covers “Brown Eyed Girl” e “Monkey Man” foram algumas que botaram o Circo inteiro para dançar. E para o bis, uma sequência espetacular, “Beer”, o hit “Sell Out” e mais um cover: “Take On Me”, que foi o ponto alto do show, como já era de se esperar.