O Prof. Greg Graffin e companhia, deram mais uma aula de Punk Rock, neste sábado, para o público carioca. Nada mais propício para o chuvoso feriado do Dia do Professor. A Fundição estava lotada, e com o som da casa em sua melhor forma, a energia lá dentro era frenética.
Mais uma visita do Bad Religion ao Rio em que os caras não decepcionam. A verdade é que eles se sentem em casa no Brasil e fazem questão de mostrar retorno a essa receptividade que têm aqui. Em 2001, após o show dos caras no Metropolitan (atual Citibank Hall), pude sentir isso de perto, quando entrei no camarim da banda após o show, junto a alguns outros fãs, e pedi para o então baterista, Bobby Schayer (na banda de 1991 até 2001), um autógrafo em um prato de pizza de papel largado por lá. O cara desenhou o contorno de sua mão no prato e escreveu coisas aleatórias com a maior paciência do mundo. O baixista da formação original Jay Bentley também autografou a “obra de arte”. Essa atenção aos fãs é muito comum do Bad Religion, principalmente nessa fase “frágil” da banda, em que a todo instante surgem comentários sobre “pendurar as guitarras”. Após a subida de um fã no palco, que deu aquela “palhinha”, já tradicional nos shows dos caras, Greg brincou:
“Estamos fazendo um Star Search aqui no Brasil, procurando por um novo vocalista. Acho que estou velho demais para isso e já está na hora de me aposentar. Todos são subsituídos mais cedo ou mais tarde, olhem o Dead Kennedys por exemplo. E é claro, todos nós vimos o que aconteceu com o Pennywise…”
Depois, o vocalista admitiu:
“A primeira vez que viemos ao Brasil foi como um novo mundo tivesse sido aberto para nós. O público sabia todas as letras de cór e cantavam este refrão a plenos pulmões. Hoje nós esperamos o mesmo de vocês…”
Logo antes de começar “I Wanna Conquer The World”. O setlist (confira abaixo) passou por toda a carreira de 30 anos da banda – na medida do possível – incluindo três músicas do disco novo “The Dissent Of Men”, e finalizando com um bis de clássicos: “American Jesus” depois de um pequeno solo do baterista Brooks Wackerman, “Infected” e “Sorrow”.
“A todos que foram aos shows de Curitiba, São Paulo e Rio, obrigado. Não consigo expressar o quão incrível esta viagem foi para nós. Brooks e eu ainda estamos sentados aqui com sorrisos gigantescos lembrando de tudo que aconteceu. Honestamente, obrigado demais por ter vindo, cantado, jogado coisas, subido ao palco para cantar, dançar e simplesmente fazer de tudo sensacional. É bom saber que temos grandes amigos aqui. Até a próxima!”
– Jay Bentley, pelo twitter
O ganhador da promoção Layback e Fundição Progresso no Facebook da Layback foi Alexandre Baltazar. Confira aqui a frase vencedora e sua resenha após o show: