Não é de hoje que ouvimos que Kelly Slater está investindo sério em um projeto de uma piscina de ondas. No final do ano passado, ele tornou público o lançamento da empresa Kelly Slater Wave Company, que já vem trabalhando há aproximadamente cinco anos no desenvolvimento de uma tecnologia inovadora que cria uma onda artificial perfeita.
Sem muito alarde, o projeto foi intensificado e recentemente, através de uma entrevista concedida por Slater ao canal de TV norte-americana CBS, o KSWC voltou a ganhar notoriedade mundial com a divulgação das primeiras imagens do protótipo em miniatura, instalado na cede da empresa em Los Angeles, EUA. A grande novidade divulgada na entrevista é que a piscina circular, que irá trabalhar com algo em torno de cinco milhões de litros de água, poderá produzir ondas perfeitas com até 2,5 metros, com intervalos de no máximo 10 segundos entre cada uma delas. E mais, as ondas de sonho terão a duração de até um minuto.
O mecanismo do “Surf Park” consiste em uma hélice com cerca de 30 metros de comprimento, que irá girar em torno do tanque atrás de uma parede de proteção, gerando uma onda tubular que poderá ter o seu tamanho ajustado conforme a preferência do surfista que a estiver utilizando. A “segunda sessão” da onda artificial deverá ser mais manobrável, conforme ela chega a parte central do tanque. E após surfá-la por aproximadamente um minuto, o felizardo ainda terá direito a chegar numa praia artificial infestada de gatas pegando sol na areia.
A ideia é que a Kelly Slater Wave Company seja instalada em parques temáticos, resorts, entre outros locais que, sem sombra de dúvidas, serão os novos e mais procurados paraísos do surf mundial. Ainda não se tem ideia do valor necessário para a implementação do brinquedo de ondas, desenvolvido pela empresa do provável 11 vezes campeão mundial de surf. Mas certamente teremos notícias em breve sobre uma sessão na água clorada que revolucionará o mundo do surf. Inclusive, o careca já revelou à revista Surfing, no ano passado, as intenções que tem com este projeto quanto ao surf de competição.
“Tendo controle sobre o tamanho e o tipo de onda gerada pelo mecanismo da piscina, poderíamos ter campeonatos segmentados, e os surfistas teríam a oportunidade de treinar em um certo tipo onda de sua preferência. Sendo assim, não teríamos mais um ‘melhor surfista do mundo’, e sim diferentes surfistas sucedendo em modalidades diferentes: tubos, aéreos, manobras de borda, etc…”