"Stephan Figueiredo, em sua 13ª temporada no Hawaii, é um conhecedor nato dos tubos. Neste dia, Rocky Point parecia Pipeline. Os tubos estavam largos!" – Marcio Luiz Foto: Anelise Assumpção
"Logo que cheguei em Pipe, fiz essa foto. O gringo chegou a se assustar no drop, porque eu estava bem embaixo, mas depois que viu a foto, ficou muito amarradão!" – Marcio Luiz.
O "xerife" Derek Ho com muito estilo em Off The Wall. Foto: Anelise Assumpção
"O meu primeiro dia em Off The Wall e Backdoor foi dividindo o pico com essa galera toda. Logo tomei uma onda que me tirou o pé de pato e me deixou na areia. Valeu a experiência..." – Marcio Luiz. Foto: Anelise Assumpção
"Rafael Teixeira passando por mim, gritando muito dentro do tubo. Esse dia estava a maior vibe em Pipe, só tinha brasileiro dentro d'água! A galera pegou muito tubo..." – Marcio Luiz.
O guarujaense de 14 anos de idade, Victor Bernardo, não se limita só aos aéreos. Em sua segunda temporada no Hawaii, o garoto comeu pelas beiradas em Pipe e garantiu as suas. Na foto, entocado em um dia de "marolas", em Off The Wall. Foto: Marcio Luiz
Diego Silva cavando pra se entocar em mais um tubo em Pipeline. Foto: Marcio Luiz
"Paulinho Curi se tacava em qualquer condição de Pipeline." – Marcio Luiz. Foto: Marcio Luiz
Gabriel Pastori botando pra dentro de mais uma direita em Rocky Point, a mil por hora. Foto: Anelise Assumpção
O dia em que Rocky Point parecia Pipeline (foto da capa), Dieguinho estava lá de manhã até o finzinho da tarde. Com os campeonatos rolando em Pipe, Rocky Point era a saída, e acabou rendendo demais. Veja o vídeo de Dieguinho se divertindo por lá. Foto: Anelise Assumpção
Surfista não identificado prestigiando uma das visões mais cobiçadas para qualquer surfista, de dentro de um canudo de Pipeline. Foto: Marcio Luiz
Naquele dia 4 de janeiro, o maior swell da temporada em Jaws foi encarado na remada por muitos dos maiores big riders do mundo. Como já era de se esperar, a sessão rendeu algumas ondas concorrentes ao Billabong XXL Awards, mais especificamente na categoria Monster Paddle. Greg Long concorre com esta. Foto: Batel Shimi/BillabongXXL
Dave Wassel, junto a Shane Dorian, formaram uma dupla de malucos. Fazendo drops impossíveis na remada naquela sessão. Foto: Erik Aeder/BillabongXXL
Shaun Walsh desceu voando lá de cima dessa muralha. De arrepiar! Foto: Patrick McFeeley/BillabongXXL
Lapo Coutinho é filho da lenda baiana Elsior Lapo Coutinho. Seus conterrâneos o receberam em Jaws e Danilo Couto mostrou o caminho para o garoto. Essa sua onda também entrou para o páreo do Monster Paddle. Foto: Ian Strickland/BillabongXXL
O crowd em Jaws é um pouco diferente. No dia 4 de janeiro, o canal estava repleto de jet skis, mas só para questões de segurança. Os esforços dos chargers eram feitos só no braço! "Foi uma experiência incrível ir pra Jaws! Lá é outro nível, nunca vi nada igual. Não me dei bem, mas foi um dia inesquecível!" – Felipe "Gordo" Cesarano. Foto: Jason Hall/dailybread.blogspot.com
Muitos concordaram que Shane Dorian foi o destaque da sessão do dia 4, dropando qualquer uma e chegando a botar pra dentro de um tubasso, sem a mínima chance de ter saída. É um forte concorrente ao Monster Paddle. Foto: Bidu/BillabongXXL
Yuri Soledade tomou uma vaca impressionante nesta bomba, mas por uma irônia do destino, foi surfando um mar muito menor, quase uma semana depois, que o baiano sofreu um acidente e foi parar no hospital. O experiente charger bateu de queixo na prancha, quebrando o maxilar e levando nove pontos. Certamente, em breve ele acertará as contas com Jaws! Foto: Bidu/BillabongXXL
Silvia Nabuco e Caio Vaz na concentração, prontos para encarar as bombas de Waimea. Foto: Marcio Luiz
Quando o swell que fez Jaws funcionar chegou, Gabriel Pastori optou investir em Waimea. Foto: André Portugal/Body Glove
"Mason Ho botando pra baixo. Essa foi uma das minhas primeiras fotos em Waimea e, entrar nesse mar com uns 15 à 18 pés pra fotografar foi uma experiência incrível e ainda rendeu altas imagens. Fiquei muito amarradão de ver isso tudo de perto." – Marcio Luiz.
A brasileirada sempre representando. João se tacando em mais uma bomba em Waimea. Foto: Marcio Luiz
Kamaki Worthington. A galera local sempre se dá bem nos dias bons como este, em Waimea. Foto: Marcio Luiz
"Silvia Nabuco, a única mulher a enfrentar o crowd de Waimea e pegar as bombas. Essa mulher é sinistra!" – Marcio Luiz. Foto: Anelise Assumpção
O crowd de Waimea é realmente assustador. Mas nesse dia, Nelsinho conseguiu pegar algumas, veja o vídeo no Blogbook. Foto: Robert Pascua
Havaiano não identificado fazendo um drop no limite, em Waimea. Foto: Marcio Luiz
Gustavo "Gugu" é brasileiro mas já mora no Havaí há um tempo e conhece bem as bombas de Waimea. Foto: Marcio Luiz
Um dos dias mais clássicos da temporada em Pipe. O primeiro dia de Backdoor Shootout. O show ficou por conta de John John Florence. Veja os vídeos. Foto: Robert Pascua
Fred Patacchia botando pra dentro durante o primeiro dia do Da Hui Backdoor Shootout. Foto: Robert Pascua
John John Florence foi o destaque do primeiro dia de Da Hui Backdoor Shootout. Apesar dos apenas 19 anos de idade, sua técnica de entubar de backside já é uma das mais apuradas em Pipeline. Foto: Robert Pascua
Landon McNamara tem apenas 15 anos de idade, mas sendo filho da lenda de Pipe, Liam McNamara, não é nenhuma supresa vê-lo entre os melhores no Backdoor Shootout. Foto: Marcio Luiz
O havaiano Danny Fuller em uma das pesadas do primeiro dia de Backdoor Shootout. O estilo relaxado de Danny é inconfundível, poucos surfam Pipe com esse tamanho sem perder a "pose". Foto: Robert Pascua
Dusty Payne bem encaixado em mais uma durante o terceiro dia de Da Hui Backdoor Shootout. Foto: Marcio Luiz
Não se assuste com a força da onda de Pipeline explodindo na bancada, para o insano Nathan Fletcher, esta é uma situação comum de seu dia-a-dia. Foto: Marcio Luiz
Todas as lentes em Dusty Payne, durante o terceiro e último dia de Backdoor Shootout. Foto: Marcio Luiz
"O visual mais lindo do Hawaii. Já tinha conseguido estar entre os fotógrafos do Backdoor Shootout, e ainda ver Pipe quebrando assim de camarote... tive que registrar e fazer um quadro pra minha casa!" – Marcio Luiz
Pelo menos dessa distância dá tempo de prender a respiração. Gordo se jogando em Rocky Point. Foto: Anelise Assumpção
"Diego Silva em Rocky Point, sempre se tacando. Esse pegou muito tubo durante esta temporada..." – Marcio Luiz. Foto: Anelise Assumpção
Fun no trilho de Pipe. Foto: Marcio Luiz
Gabriel Pastori driblando o crowd para se entocar em mais uma. Foto: André Portugal/Body Glove
"Rafael Teixeira era um dos caras mais fissurados dos Brazucas. Sempre madrugando em Rocky Point, ele saía de casa às 6:30 da manhã e só se dava bem..." – Marcio Luiz. Foto: Anelise Assumpção
"Sininho em um fim de tarde típico do Hawaii. Parece Off The Wall mas é Rocky Point, em um dos dias de altos tubos por lá." – Marcio Luiz. Foto: Anelise Assumpção
– O Crowd no Hawaii –
“Uma compilação de reflexões sobre o tema”
“Recentemente, andei pensando sobre o crowd aqui no Havaí durante a temporada. Esses dias, cruzei com o Bino (Bernardo Lopes, surfista baiano que quebra!) na areia de Pipe e ele tinha acabado de sair da água… estava inconformado. Na hora, chegou a dizer que já não tinha mais vontade de vir para o Havaí, isso sem contar que ele tinha chegado fazia apenas 3 dias. Eu concordei com todos os argumentos dele e disse que também estava inconformado com aquilo que estava vendo. Pipe é crowd desde que eu me entendo por gente, mas atualmente, na véspera dos campeonatos, está ficando em um nível quase insurfável! Há alguns anos eu vinha compartilhando de uma teoria que diz que o Havaí era mais crowd no início da temporada e depois da virada do ano a quantidade de surfistas ia diminuindo gradativamente. A partir dessa ideia, eu falava para todos que perguntavam que se o objetivo fosse trabalhar (fazendo fotos para as revistas e sites), era melhor chegar bem no início da temporada e, por outro lado, se o objetivo fosse apenas pegar onda, aí era melhor vir para cá no final da temporada. Essa semana percebi que estou enganado, já não tem mais como tentar surfar os principais picos do North Shore sem crowd em nenhum momento da temporada. Os campeonatos ganham cada vez mais status e atraem mais surfistas, bodyborders, body surfers…a p#*!@ toda, a cada ano que passa.
Para você ver, já estamos no final de janeiro e ontem, dia 23, começou a janela do WS 5 estrelas em Pipe, que vai até o inicio de fevereiro. Aí, no dia 10 começa a janela do mundial de bodyboard que vai até o dia vinte e poucos… e acho que depois ainda tem um dia de campeonato de “jacaré” em Pipe. Assim esses caras me matam. Sabe o que isso significa?! Que além de não poder surfar os melhores mares nesses períodos, nos dias que não rola evento, o mundo todo que veio para cá competir estará dentro d’água treinando para suas respectivas baterias… Ou seja, não tem mais saída, meus camaradas. Como já dizia Capitão Nascimento: ‘ou se omite, ou vai para guerra!’, e é isso que temos feito por aqui. Continuamos indo para a guerra, pois a vitória (um tubasso em Pipe) faz valer a pena todos os obstáculos desse desabafo.”
– Gabriel Pastori
“Há anos venho para o Hawaii e uma das maiores dificuldades para nós (haoles) é conseguir pegar uma onda boa. Principalmente nos dias bons. A quantidade de surfistas em picos como Pipeline e Rocky Point é inacreditável. Às vezes nos perguntamos se é possível pegar onda no meio de tanta gente. Conhecer e reconhecer os surfistas no meio do crowd em qualquer pico no Hawaii aumentará bastante as chances de você pegar ondas boas. Nos últimos 10 anos, vi muita coisa acontecer e vejo que, apesar do crowd continuar o mesmo em número de pessoas, o localismo anda bem mais tranquilo do que nas minhas primeiras temporadas. Uma das receitas para conseguir pegar ondas boas no Hawaii e com menos crowd é: 1 Não levar o crowd com você; 2 Chegar zero hora para surfar; 3 Passar o dia todo na praia. Obs.: Você está no Hawaii para surfar e não de férias!
– Stephan Figueiredo
“Hawaii é um lugar alucinante, uma ilha paradisíaca, quente e que rola altas ondas. Até aí, tudo bem, tirando os locais nervosos e o crowd faminto pra pegar a sua, o Hawaii é o paraíso. Hoje vi Backdoor quebrando perfeito, 4 à 6 pés, tubo toda onda e a onda inteira. Chega a ser frustrante, ver as melhores ondas do mundo tão perto mas tão longe ao mesmo tempo. Nesses dias muito perfeitos é praticamente impossível pegar alguma onda. Enfrentar aquele crowd é uma das coisas mais estressantes que pode existir no universo do surf. Valorizo muito o trabalho da galera que enfrenta aquela situação, mas não dá pra mim… Peguei as minhas ondinhas, fiz um tubinho que outro, mas não consegui pegar as ondas que eu gostaria de ter pego. Um dia ainda vai vir a minha… assim espero!”
– Nelson Pinto
“O Hawaii é realmente um paraíso. Um lugar mágico, altas ondas, água quente, sol… porém, como em todos os lugares, existe o famoso e chato CROWD. Acho que localismo existe em todos os lugares, ainda mais no Hawaii, que só dá onda de outubro a março. Deve ser muito difícil para os locais, ter tão pouco tempo de surf no ano e ainda ter que dividir a mesma onda com mais mil outros surfistas. Por outro lado, chega a ser exagerado o que eles fazem com as pessoas. Xingam, quebram prancha e até saem na porrada. Têm dias no Hawaii que eu fico na pior vala só para não ter que enfrentar aquele crowd absurdo, não consigo ficar na água esperando por uma hora pra pegar uma onda, ou às vezes, nenhuma.”
– Rafael Texeira
“Quando se fala em Hawaii, o que me vem à cabeça são altas ondas e um único lugar… Pipeline. Venho me dedicando há alguns anos a essa onda tão incrível e tubular. Mas nem tudo são flores. É quase impossível pegar uma da série e o crowd dos locais é bem pesado. Ali dentro é como se fosse um jogo de xadrez pra mim, a qualquer momento você pode dar o xeque-mate e pegar o tubo da temporada, ou o melhor tubo da sua vida. Essa temporada não está sendo diferente. Sempre que tá quebrando, estou eu lá no meio, tentando pegar o meu tubo! Ali dentro não tem muito blá, blá, blá, tirando os locais, que conversam entre si. O resto da galera fica na tensão porque não sobra muita coisa, e você tem que disputar onda, ter cuidado para não rabear… Remar na prioridade e não ir é outro erro fatal, pois você teve a oportunidade e não foi… na próxima, com certeza vão na sua onda. Ah! E os locais estão SEMPRE na prioridade.”
– Dennis Tihara
“Ano passado, na minha primeira temporada, eu fui em fevereiro. O crowd não estava tranquilo, mas também não estava tão sinistro. Dessa vez eu fui em novembro (época dos campeonatos) e o crowd do Hawaii realmente é uma coisa MUITO louca! Muito difícil de pegar onda… Até consegui pegar bastante onda, mas não as melhores. Eu não tenho muita paciência pra ficar esperando a melhor e, mesmo assim, se a melhor viesse pra mim eu não iria pegar, pois um local iria aparecer de algum lugar! Em Pipe, eu ficava no rabo, mas ao longo da temporada eu fui me soltando e ficando cada vez mais dentro do pico, pegando as menores que sobravam…”
– Victor Bernardo
“Sempre rola uma adrenalina dentro d’água. Você tem que olhar pra todos os lados até o momento do drop, para conferir se não tem ninguém vindo mais de trás, se não, acaba rabiando ou atrapalhando alguém e aí pode resultar em conflito. Mas na real, quando cheguei, imaginava uma coisa muito pior, mas é verdade que os locais sempre pegam as melhores, e as que sobram: salve-se quem puder! Mas estou amarradão por ter pegado boas ondas e ainda ter a oportunidade de um registro.”
– Paulo Curi