Assim como muitas das recentes etapas do WCT, o Quiksilver Pro France 2013 teve sua boa dose de polêmica, começando com a inesperada demissão dos dois comentaristas da sua transmissão via Webcast, e terminando com uma controversa vitória que disparou Mick Fanning na liderança do ranking mundial.
Depois de uma performance impressionante de Filipe Toledo (que derrotou Kelly Slater nas quartas) e Gabriel Medina (que derrotou Julian Wilson nas quartas) durante todo o percurso do campeonato, os dois se enfrentaram em uma semifinal repleta de aéreos, e Medina levou a melhor, indo para a final contra Mick Fanning.
Os estilos de surf se contrastavam claramente durante a final. Enquanto Medina apostava nos aéreos, Mick intercalava batidas e rasgadas com floaters nas pequenas e mexidas ondas que Hossegor apresentava para os dois finalistas.
Por mais que os aéreos de Medina tenham sido utilizados além da conta, é difícil não questionar a vitória de Mick Fanning ao comparar a onda 8.50 de Medina que incluiu um lindo full rotation, com a onda 8.85 que colocou Mick de volta na liderança nos minutos finais de bateria. A esquerda de Medina era mais em pé, com melhores sessões, e foi surfada de maneira muito mais arriscada do que a direita de Mick, que proporcionou um floater, uma batida rápida e uma rabetada no final.
Mas esta não foi a única controvérsia do evento, que teve os irreverentes comentaristas oficiais do Webcast, Dooma e Jake Peterson, expulsos após os comentários referentes a bateria de Joel Parkinson e o wildcard Marc Locomare no primeiro dia de evento. Os dois apostaram uma cerveja no resultado pendente da bateria e ensinoaram que os juízes levariam em consideração “pontos de campeão mundial” para darem a vitória a Parko.
De qualquer forma, Mick no momento se encontra confortávelmente na liderança do WCT e pode até ganhar seu terceiro título mundial na etapa de Portugal, caso vença o evento e Kelly Slater termine em quinto lugar.