Gabriel Pastori chegou na Indonésia e já pegou um swell que nem o pessoal que já estavá lá há 2 meses esperando conseguiu pegar. Ele partiu imediatamente para a esquerda de Desert Point, e agora fala em seu Diário de Bordo sobre essa que se tornou sua trip mais extensa para lá. Foto: Junior Enomoto
Em cada post do Diário de Bordo, um comentário é escolhido para ganhar produtos Body Glove. Dessa vez o sortudo levará um Boardshort! É só curtir esse post e deixar seu comentário aqui embaixo.
A balsa Bali-Lombok. Foto: Junior Enomoto
"Para quem não conhece, Desert Point é considerado por muitos a melhor onda do planeta." – Gabriel Pastori
Flávio Caixa D'água. "O caixinha representou muito! Moleque sangue bom e pega altos tubos! Entrou todos os dias e superou seus próprios limites. Entubou de tudo quanto era jeito e era sempre uma parceria dentro d'água!" – Gabriel Pastori. Foto: Junior Enomoto
Eric de Souza nas sessão mais cascuda de uma de suas ondas favoritas. Foto: Junior Enomoto
"Encontrei por lá, meu parceiro de equipe e havaiano casca-grossa, Anthony Walsh, e não pude deixar de registrar o momento da equipe Body Glove em Desert!" – Gabriel Pastori
"Meu irmão André chegou lá em Desert praticamente de surpresa, depois de ter passado 20 dias nas Mentawais com uns camaradas lá do Posto 9!" – Gabriel Pastori. Foto: Marcelo Pinochio
"O que acaba ficando de fora da maioria das matérias e depoimentos das pessoas que passam por Desert Point é a degradação causada por esse turismo e a falta de estrutura que as famílias locais tem." – Gabriel Pastori
"Eu costumo dizer que Desert é a melhor onda para boa parte dos surfistas que tiveram a oportunidade de ir até lá. É uma onda fácil de ser surfada e satisfaz plenamente os mais diferentes níveis de surfistas. Para surfar lá você não precisa ser profissional ou surfar muito bem para pegar o melhor tubo da sua vida." – Gabriel Pastori Fotos: Junior Enomoto
"O Bruno Santos, também fissurado pelos tubos, foi outro cara que não queria deixar Desert Point tão cedo, mas acabou voltando para Bali para competir no campeonato Padang Cup." – Gabriel Pastori. Foto: Junior Enomoto
Flávio Caixa D'água contabilizando mais um tubo em Desert. Foto: Marcelo Pinochio
Quem precisa de luxo e conforto se hospedando de frente para um dos melhores tubos do planeta? O bungalow "5 estrelas" de Gabriel Pastori.
O relax da tarde para recuperar as energias...
"Mandei uma mensagem para o meu irmão no Facebook, mas não vi mais a internet depois. Só soube que ele tinha visto a mensagem quando ele chegou na praia e já me viu na água pegando os tubos... ele e os moleques ficaram loucos e o André já mandou bem na sua primeira caída" – Gabriel Pastori. Foto: Marcelo Pinochio
"É natural que as opiniões variem de surfista para surfista quando a questão é 'Qual é a melhor onda?'. Porém, quando de trata de Desert Point podemos abrir uma exceção." – Gabriel Pastori. Foto: Junior Enomoto
"O parceiro lá do Posto 9 do Recreio, Daniel Kurpan, também pegou os seus!" – Gabriel Pastori. Foto: Marcelo Pinochio
"...Acho que era o que faltava para a trip do meu irmão. Eles acabaram não pegando muitos tubos nas Mentawai, e Desert encaixou certinho no que os moleques queriam!" – Gabriel Pastori. Foto: Marcelo Pinochio
Gabriel Pastori testemunhou as marcas deixadas pelo turismo e a falta de estrutura do local. "...não existe coleta de lixo e todo resíduo produzido ali vai para o mar, para a terra ou é queimado."
Rodrigo Baby sempre representando nos tubos da Indonésia. Foto: Junior Enomoto
Flávio Caixa D'água entocado em mais um expresso. Foto: Junior Enomoto
"Para chegar lá de carro saindo de Bali são duas horas até um ferry boat, mais cinco horas dentro dessa embarcação lotada de carros e motos e depois mais umas duas horas numa estradinha na qual os últimos 30 minutos você tem que subir e descer uma montanha numa estrada com buracos por todos os lados." – Gabriel Pastori
Essa viagem para Indo esse ano está uma loucura! Já fazem vários dias que estou por aqui e ainda nem pisei em Bali praticamente. No dia que eu cheguei, meus amigos me pegaram no aeroporto e fomos direto para Desert. Nos posts anteriores do Diário de Bordo, coloquei fotos e alguns breves depoimentos sobre esse lugar, mas como nunca tinha internet e nem tinha muito tempo, acabava deixando passar um monte de coisas que eu queria falar sobre a trip e sobre aquele lugar.
Para quem não conhece, Desert Point é considerado por muitos a melhor onda do planeta. Eu sei que é super difícil se dizer isso diante da infinidade de picos perfeitos que temos ao redor do mundo. É natural que as opiniões variem de surfista para surfista quando a questão é “Qual é a melhor onda?”. Porém, quando de trata de Desert Point podemos abrir uma exceção.
Eu costumo dizer que Desert é a melhor onda para boa parte dos surfistas que tiveram a oportunidade de ir até lá. É uma onda fácil de ser surfada e satisfaz plenamente os mais diferentes níveis de surfistas. Para surfar lá você não precisa ser profissional ou surfar muito bem para pegar o melhor tubo da sua vida. Em contraponto a toda essa história tem o crowd, que a cada ano que passa chega em maior quantidade.
Para quem nunca foi até lá, Desert Point fica na Ilha de Lombok (próxima ilha ao sul depois de Bali). Para chegar lá de carro saindo de Bali são duas horas até um ferry boat, mais cinco horas dentro dessa embarcação lotada de carros e motos e depois mais umas duas horas numa estradinha na qual os últimos 30 minutos você tem que subir e descer uma montanha numa estrada com buracos por todos os lados.
Chegando na praia, existem hoje cerca de 5 a 10 warungs (pequenas vendas) e algumas casinhas bem “roots” que os locais alugam os quartos. Essa estrutura aumenta a cada ano conforme o número de surfistas cresce.
O que acaba ficando de fora da maioria das matérias e depoimentos das pessoas que passam por lá é a degradação causada por esse turismo e a falta de estrutura que as famílias locais tem. Para começar, não existe coleta de lixo e todo resíduo produzido ali vai para o mar, para a terra ou é queimado. Saneamento é outra coisa que a população não conhece. Outro problema é falta de escolas na região, que segundo um local, são muito poucas e só vão até a quinta série. Depois disso se alguém quiser continuar tem que ir morar em outro lugar, e muitos não têm condição. As mulheres acabam engravidando cedo e os homens arrumam qualquer bico que aparece pela frente. Essa é a realidade.
Apesar desses problemas, não é difícil arrancar um sorriso de qualquer morador local, até mesmo dos que aparentam vidas sofridas dentro dos olhos. Talvez esta seja a maior virtude desse povo.
Depois de quase dez dias em Desert, já surfei muitos tubos, fiz novos amigos, imagens alucinantes, encontrei com meu irmão, que estava “perambulando” pelas Mentawai com alguns bons amigos e depois apareceu por lá, fiz amizade com os locais, ou seja, comecei minha trip com o pé direito.
Separei aqui algumas fotos que ilustram este post e minha estadia nesse lugar incrível que eu pretendo voltar por muitos anos!