A geniosidade do crowd. As palavras do poeta Charles Bukowski já alertavam sobre os perigos de sucumbir ao mediano, o típico, o insoso. No belo clipe do diretor Sebastien Zanella (Desillusion Magazine), Chippa Wilson representa uma ode a liberdade de identidade. Uma peça inspiradora, pra dizer o mínimo. Segue o poema traduzido por Valdir B.:
A Geniosidade da Multidão
…
há o bastante de traição, ódio violência absurdo nos seres humanos
medianos para suprir qualquer exército perdido em qualquer dia perdido
e os melhores em assassinatos são aqueles que pregam contra isso
e os melhores em ódio são aqueles que pregam amor
e os melhores em guerra são finalmente aqueles que pregam paz
aqueles que pregam deus, precisam de deus
aqueles que pregam paz não têm paz
aqueles que pregam paz não têm amor
cuidado com os pregadores
cuidado com os conhecedores
cuidado com aqueles que estão sempre lendo livros
cuidado com aqueles que ou detestam a pobreza
ou são orgulhosos dela
cuidado com aqueles que são rápidos em elogiar
pois eles precisam de elogio de volta
cuidado com aqueles que são rápidos em censurar
eles têm medo do que não sabem
cuidado com aqueles que buscam as mesmas multidões pois
eles não são nada sozinhos
cuidado com o homem e a mulher medianos
cuidado com o amor deles, o amor deles é mediano
busca o médio
mas há geniosidade no ódio deles
há geniosidade o suficiente no ódio deles para te matar
para matar qualquer um
não querendo solidão
não entendendo solidão
eles tentarão destruir qualquer coisa
que difira deles mesmos
não estando aptos a criarem arte
eles não entenderão arte
eles considerarão suas falhas como os criadores
apenas como uma falha no mundo
não estando aptos a amarem inteiramente
eles acharão teu amor incompleto
e então eles te odiarão
e o ódio deles será perfeito
como um diamante brilhante
como uma faca
como uma montanha
como um tigre
como veneno
a melhor arte deles