A revista Surfing Magazine publicou um depoimento da autoria de Jamie O’Brien que define de forma clara sua situação nos anos recentes e suas intenções daqui pra frente.
Há pouco tempo atrás, o editor Brendan Buckley escreveu uma carta aberta a J.O.B, clamando por uma volta do protagonista dos filmes clássicos Freakshow e Freakside, no lugar do Jamie que vimos na série Who is J.O.B 2.0, fora de forma, descomprometido e ostentando a farra embalada por música de péssima qualidade. De uma forma ou de outra, parece que esta é a intenção de Jamie hoje, como ele mesmo manifestou:
“É estranho. Eu me deixei levar por dois anos – relaxei e bebi cerveja. Antes desse inverno, eu caí na real. Percebi que estes são os anos do meu auge. Eu preciso cuidar de mim mesmo, comer direito, treinar e ficar saudável. Então essa era a ideia para esse ano. A hora finalmente chegou.
Eu comecei a treinar em setembro. Em novembro eu já tinha perdido 10 quilos. Andando de bicicleta, comendo saudável… eu mudei toda minha rotina. Eu tenho trabalhado com Kahea Hart – acordando às 6 da manhã todo dia. Nós fazemos muitos exercícios pliométricos, cardio, muita ralação. Na nossa turma está Makua Rothman, Billy Kemper e alguns outros amigos. É bom, um grupo bem dedicado. Eu comecei antes deles, então já estava em boa forma quando eles entraram e eles se assustaram. Agora, as pessoas são pegas de surpresa toda hora, tipo ‘O Jamie tá em forma? O que tá acontecendo?’.
Eu cheguei a um ponto em que senti que estava praticamente sendo pago para pegar tubos. Mas recentemente eu tenho me dedicado mais a fazer manobras fortes. Sinceramente, eu meio que parei de dar aéreos, porque parei de surfar esse tipo de ondas. Quando vou pra Bali eu não surfo mais em Canggu. Já tô legal de surfar ondas de 2, 3 pés. Eu até fico chateado porque sei que ainda consigo dar aéreos, mas eu não sou mais atraído por eles. Quando faço uma surf trip agora, eu só vou quando sei que vai estar perfeito e tubular. Isso é primordial pra mim. Eu acho que com meu filme Who Is JOB, eu provei que podia surfar em qualquer condição e essa foi a maior afirmação que queria fazer. Agora só quero surfar ondas boas.
Pipeline é uma guerra. Alguém me perguntou hoje ‘Como você se sente quando surfa Pipeline?’, e eu respondi ‘Puto’. É tanta gente lá de toda parte do mundo e caras que estão sempre entrando no caminho. É tudo tão negativo e raivoso. Alguns dias em Pipe eu pego oito ondas perfeitas, e outras vezes eu vou lá e não pego nem uma onda sequer. É o meu pico favorito e certamente tem dias em que eu fico feliz e amarradão. Mas na maioria das vezes é muito estressante. Eu adoraria simplesmente ir lá um dia e pegar tubos sem nenhuma preocupação.
Eu estou pensando em fazer outro filme. Mas é difícil, eu tenho que conseguir budget e pessoas pra estarem nele. Mas eu tenho alguns destinos em mente que eu sei que não muitas pessoas estiveram, então sinto que poderia mostrar alguma coisa que as pessoas ainda não tenham visto.” – Jamie O’Brien
Esta é a tradução completa do depoimento de JOB para a coluna Under The Influence da Surfing Magazine. E você, o que acha?