Em sua terceira passagem pelo Brasil, o Sublime With Rome tocou ontem no Circo Voador, Rio de Janeiro, e mostrou uma pegada diferente do clássico show de 2011, também no Circo.
Após fazerem um dos melhores shows dos últimos anos no Circo Voador, em 2011, mesmo com o membro original da banda Bud Gaugh sendo substituido por Matt Ochoa (Dirty Heads), as expectativas eram altas para o retorno do Sublime With Rome à casa. No entanto, o que se viu foi um show muito diferente.
Após três anos de projeto, parece que o foco de replicar o trabalho do Sublime da forma mais fiel possível foi ampliado para algo mais abrangente, com uma personalidade mais própria.
Com Josh Freese assumindo o posto de baterista, a influência mais pesada ficou clara na apresentação da banda. Vindo de outras bandas de metal como Guns N’ Roses, Nine Inch Nails, Korn e saindo recentemente do A Perfect Circle para completar o trio, Josh trouxe uma pegada mais arrastada para as músicas, com viradas cheias de tambor e pratos mais presentes também. Foi um grande contraste com o trabalho que Matt Ochoa fez na bateria há dois anos atrás, simplesmente copiando ao máximo o que Bud havia gravado nos discos originais da banda.
Nesse ritmo, o público que compareceu ao Circo Voador ontem acabou de fato assistindo ao show parado durante grande parte do tempo, ao contrário do que aconteceu em 2011 em meio a uma empolgação que mal cabia dentro daquela lona.
O setlist dessa vez tinha mais músicas do trabalho próprio da banda, Yours Truly, e muitas das favoritas do Sublime de Bradley Nowell acabaram ficando de fora, entre elas Greatest Hits, Jailhouse, The Ballad Of Johnny Butt, Seed, mas isso já era de se esperar, até porque algumas outras foram incluídas no repertório, incluindo Doin’ Time, Slow Ride e Scarlet Begonias. A maior surpresa foi o cover de Drain You, do Nirvana, e o bis ficou com Panic, What I Got e Santeria.